O plantio é um dos processos mais importante na agricultura, por isso é fundamental que ele seja bem planejado, é ele quem irá determinar o sucesso ou o fracasso da lavoura, sendo influenciado pela distribuição e a localização do adubo, a distribuição de sementes nas fileiras, a profundidade de plantio e o espaçamento entre fileiras.

Um dos pontos chaves é a semeadura, ela deve ser muito bem-feita, já que dificilmente será possível fazer correções no futuro, desta forma, se a semente for depositada no solo de forma incorreta, haverá grandes chances de falhas na área de produção e consequentemente a redução da produtividade.

A agricultura convencional

Quando se trata da agricultura convencional, toda a área produtiva é vista de maneira uniforme, apresenta as mesmas características na área toda, o que resulta na aplicação de insumos em quantidade igual sobre a toda a área, o que causa desperdícios e produtividade desigual na lavoura.

Outros fatores que podem causar interferência na produtividade são o tipo de solo presente na área, a velocidade de perda da umidade, regiões que mais sofrem com erosão, entre outras, são encontradas distribuídas na área de forma irregular. Por isso é importante se atentar ao tipo de solo presente, composição e compactação.

Como alternativa para uniformizar a produtividade, considerando todas as variáveis de cada área, surge a agricultura de precisão.

O que é agricultura de precisão?

A proposta da agricultura de precisão é utilizar tecnologias e informações para manejar de forma mais eficiente as necessidades que estão associadas a produção agrícola, o maior objetivo deste tipo de manejo mais técnificado é aumentar a produtividade das culturas, uniformizar as lavouras, além de se preocupar com a qualidade ambiental buscando sempre otimizar recursos e matéria-prima.

Ela conta com quatro etapas:

  • A coleta de informação georreferenciada;
  • O processamento/gerenciamento da informação (utilizando diferentes métodos de interpolação e análise geoestátistica, que extrai e organiza os dados de acordo com a semelhança entre pontos vizinhos georreferenciados);
  •  A aplicação localizada de insumos;
  •  Avaliação dos resultados (utilizando SPG, sistema de informações geográficas (GIS) e sensores).

Dessa forma é possível propor uma gestão personalizada para cada parcela da área, o que, quando aliada a tecnologias e ferramentas de precisão, permite ao produtor otimizar os recursos, reduzir danos ambientais, aumentando consequentemente a produção e a lucratividade.

A imagem a baixo é um exemplo de divisão da área de acordo com as unidades de gestão diferenciadas, ou seja, com diferentes manejos, mostrando detalhadamente como funciona o mapeamento na agricultura de precisão e a divisão da área por meio do seu potencial produtivo.

Fonte: IdGeo

A área é dividida de acordo com as diferentes zonas de manejo, que combinam fatores como relevo, atributos físicos do solo, índices de vegetação e dados de produtividade histórica da área.

Diferença entre a Agricultura Convencional e a Agricultura de Precisão 

Agricultura convencional:

  • Não considera a variabilidade espacial;
  • Área de produção é vista como homogênea;
  • Aplicação generalizada dos recursos e em área total.
Agricultura de precisão:

  • Considera a variabilidade espacial;
  • Área de produção é vista como heterogênea;
  • Aplicação localizada dos recursos e em taxas variáveis.

A influência da densidade de plantas

A densidade é definida como o número de plantas por unidade de área, ela possui um papel importante no rendimento da lavoura de milho, já que pequenas variações de densidade têm grande influência na produção final da cultura.

A densidade pode variar de 40.000 a 80.000 plantas por hectares, o que depende  bastante da disponibilidade hídrica, da fertilidade do solo, do ciclo da cultivar, época de plantio e do espaçamento entre linhas, porém, a quantidade de plantas por hectares é variável.

A densidade ótima na cultua do milho possibilita um aumento significativo no rendimento da lavoura, ela é determinada pela principalmente a cultivar, as condições edafoclimáticas da região, o manejo da lavoura e fertilidade do solo, porém, se a densidade for ultrapassada é possível notar uma queda progressiva na produtividade devido à competição entre as plantas de milho.

Uma das principais causa de baixos rendimentos na cultura de milho está ligado a densidade, seja por conta do baixo número, ou concentrações muito altas  de plantas em determinada área.

Fonte: Embrapa

A imagem acima mostra um plantio desuniforme, com falhas e em alguns casos plantas duplas, o que pode causar o atraso no desenvolvimento de algumas destas plantas e acarretar em plantas com baixo potencial produtivo, são as chamadas plantas dominadas ou vencidas.

Fonte: PionerSementes

A imagem acima mostra um plantio uniforme, com uma distribuição de sementes correta, que permite um bom desenvolvimento para a cultura do milho, evitando competições por água e nutrientes entre as plantas, ocasionando assim plantas com um bom potencial produtivo.

Utilização da agricultura de precisão no cultivo de milho

A tecnologia da taxa variável consiste no conhecimento da capacidade produtiva do solo, determinando a população de sementes e quantidade de fertilizantes em cada parcela da área de acordo com as características do solo e as necessidades da cultura.

A densidade é um dos fatores que mais afeta a produtividade da lavoura, quando se trata de  solos mais férteis, a recomendação é optar por  densidades mais elevadas na cultura do milho.

A agricultura de precisão permite o mapeamento da área, já que geralmente faz uso de sensores ópticos, levando em consideração as taxas variáveis de adução e semeadura em tempo real, fazendo uso de piloto automático em maquinários, o que evita erros no plantio e possibilita a semeadura noturna.

Fonte: MfRural

Quais as vantagens no plantio?

  • Proporciona melhores condições no desenvolvimento das plantas devido ao planejamento, que considera os dados climáticos e históricos produtivos;
  • Redução dos custos com sementes em regiões de baixo potencial produtivo;
  • Diminui o desperdício de fertilizantes;
  • Redução da contaminação ambiental;
  • Redução do risco da atividade agrícola;
  • Tomada de decisão mais rápida e certeira;
  • Aumento significativo da produtividade.

Portanto, um bom plantio não depende apenas da qualidade das sementes e dos adubos, já que vários fatores devem ser levados em consideração no planejamento, como densidade, disponibilidade hídrica, fertilidade do solo, entre outros.

A qualidade durante a  produção do milho depende de um ótimo plantio, seguindo recomendações técnicas aliado ao emprego de tecnologia, sendo assim, a adoção da agricultura de precisão permite uma boa semeadura, já que considera a variabilidade espacial e encarra a área de forma heterogênea, o que gera plantas bem desenvolvidas, sem competição entre plantas e eleva o potencial produtivo.

Fonte:

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/556775/1/doc214.pdf

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/34901/1/21725006%20Lic%c3%adnio%20Afonso%20VD%20.pdf

https://blog.jacto.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/

https://sistemafaeg.com.br/public/uploads/993c8fc242d81a47cbe8adb6d8028015.pdf

https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/tecnologia-agropecuaria/agricultura-de-precisao-1/arquivos-de-agricultura-de-precisao/boletim-tecnico-agricultura-de-precisao-2013.pdf

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/27037/1/Plantio.pdf

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