Chegou a hora do algodão segunda safra no Mato Grosso.
Já tem soja 2021 sendo colhida no Mato Grosso
Cotonicultores do MT já estão a postos para iniciar a segunda safra com o algodão.
A colheita de soja brasileira da safra de 2021 foi iniciada em áreas de Mato Grosso. Se trata de produtores que tem como objetivo principal o plantio de algodão na segunda safra e realizaram o plantio da soja bem cedo, em meados de setembro, assumindo riscos climáticos de falta de chuva, típicos da época.
O Brasil se destaca dentre maiores produtividades de algodão no mundo, mesmo não sendo o maior produtor em quantidade produzida. No Brasil, a região tradicionalmente líder em quantidade de área plantada e volume de produção é o Centro-Oeste, tendo o estado do Mato Grosso como maior produtor da região.
A cultura do algodão é uma alternativa interessante para o agricultor brasileiro, desde que ele faça parte de um sistema de produção, ou seja, desde que ele seja componente de uma rotação de culturas. As monoculturas já trazem muitos danos à estrutura de produção e no caso do algodoeiro esses efeitos são ainda mais agravantes, podendo inviabilizar o empreendimento.
Os altíssimos investimentos para a implantação desta cultura têm sido recompensados pelo valor do produto e sua demanda no mercado, sendo mais rentável do que a soja em condições de manejo avançados.
Para a maioria das características agronômicas do algodoeiro, o efeito do manejo é altamente significativo. Sendo assim, a adoção de uma cultivar com alto potencial produtivo requer condições que atendam às exigências genéticas do material para que seja obtido o rendimento máximo.
Nesta matéria vamos listar os principais aspectos técnicos para a implantação de áreas de cultivo do algodão de elevado nível tecnológico e mostrar como a Izi pode te ajudar nesta tarefa.
Vamos apresentar práticas de manejo que, quando realizadas corretamente, podem contribuir significativamente para a melhoria da produtividade e qualidade da fibra e também para a redução de custos do algodoeiro.
Manejo da fertilidade do solo para a cultura do algodão
Produção de algodão
Culturas de elevado valor exigem planejamento avançado
O manejo desta cultura se inicia antes da sua implantação em campo. A primeira medida a ser tomada é analisar as condições químicas e físicas do solo da área a ser cultivada. Esta etapa possui importância central, pois a produção é resultado da interação entre fatores ambientais e genéticos da planta.
O solo é o organismo do sistema de produção que vai fornecer as maiores quantidades de nutrientes para as plantas e também proporcionar a sustentação adequada para as raízes das plantas, que precisam de camadas livres de impedimentos e compactações.
É a partir desta análise que será determinada a necessidade de calagem, prática que tem como objetivo a correção da acidez dos solos, que são ácidos na grande maioria do Brasil.
A correção da acidez tem papel chave na fertilidade dos solos, pois a disponibilidade dos nutrientes fornecidos pela adubação para as plantas é prejudicada em condições de acidez excessiva. O mesmo ocorre para condições de pH excessivamente básicos.
Mas muito além da redução da acidez, a calagem também remove íons de alumínio tóxico retidos no solo, fornece os nutrientes cálcio e magnésio.
Também é a partir da análise de nutrientes no solo que se determina a necessidade de adubação, característica que varia de acordo com diversos fatores entre talhões.
Etapas do serviço de Nutrição de Precisão da Izi
Produção de algodão
Somos especialistas em analises para nutrição de precisão e manejo da fertilidade do solo na cultura do algodoeiro.
Após um mapeamento baseado em critérios agronômicos, levando em conta o relevo, histórico de uso e outros fatores, coletamos as amostras de cada sub-área;
Geramos e fornecemos os arquivos para equipamentos de aplicação em taxa variável para atender as demandas de produtores que já adotam este sistema;
Realizamos a confecção Grade Amostral Customizada utilizando (tamanho médio de aproximadamente 5,0 ha, georreferenciamento de todas sub amostras a serem coletadas;
As amostras coletadas são enviadas para o laboratório e acompanhamos o andamento das mesmas;
Confeccionamos mapa temático de TEXTURA DE SOLO, quando forem realizadas análises granulométricas das amostras coletadas;
Confeccionamos mapas temáticos de FERTILIDADE DE SOLO, a partir dos resultados laboratoriais das análises de terra coletadas. São representados nestes mapas os valores dos seguintes itens: MATÉRIA ORGÂNICA, PH, FÓSFORO, POTÁSSIO, ENXOFRE, CÁLCIO, MAGNÉSIO, SATURAÇÃO POR BASES e CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS;
Interpretamos os resultados liberados pelo laboratório, os mapas temáticos e realizamos as recomendaçaões de calagem, preparo de solo para correção da fertilidade e adubação corretiva.
Manejo do solo em áreas de alta produtividade na cultura do algodão
Solos tropicais exigem avançado conhecimento técnico
Em solos tropicais, o melhor sistema de manejo do solo é o Sistema de Plantio Direto (SPD). Neste sistema de manejo o solo não é revolvido, é adotada a pratica da rotação de culturas e o solo é permanentemente coberto com algum tipo de vegetação.
Como o Sistema de Plantio Direto se trata de um sistema com bases teóricas, os detalhes de implantação devem atender as necessidades caso a caso.
Para a implantação do SPD é fundamental considerar:
- Qualificação do técnico responsável
- A capacidade de gerenciamento e condução do sistema
- Eliminação da compactação ou camadas adensadas, antes da implantação da cultura
- Correção da acidez e fertilidade do solo
- Aporte constante de matéria orgânica e cobertura vegetal no solo
- Estabelecimento de um plano de rotação de culturas
Um dos aspectos avançados da implantação de SPD é o conhecimento adequado das espécies vegetais que podem compor a palhada. Uma das principais implicações da espécie a ser usada como cobertura vegetal é a persistência do resíduo vegetal.
No caso da cultura do algodoeiro, a exposição do solo é muito grande devido ao extenso período até que as plantas cubram o espaço as entrelinhas, além de seu ciclo longo.
Além disso, uma cobertura vegetal adequada contribui com cerca de 90% do controle de plantas daninhas.
Não existe uma recomendação universal de palhadas para a cultura do algodoeiro, existem diversas espécies entre crotalárias, sorgo, milheto, baquiárias, panicum e nabo forrageiro que devem ser escolhidas de acordo com as características do sistema em questão.
Épocas de semeadura do algodoeiro
Produção de algodão
O algodão de segunda safra é semeado entre os dias 10 de janeiro e 15 de fevereiro, após a colheita da soja, que, para compor este sistema, deve ser de ciclo super-precoce ou precoce. A semeadura da soja deve ser realizada no início do período das chuvas e colhida no início de janeiro. Pode ser necessário realizar a dessecação da soja para antecipar suar colheita.
Neste sistema, devido ao algodão de segunda safra ser semeado após a colheita da soja, ele irá se desenvolver na palhada da soja, que apresenta baixíssima quantidade de material vegetal acumulado, não proporcionando cobertura adequada no solo para um sistema de plantio direto.
Levando em conta que o cultivo de algodão no Mato Grosso é realizado sem irrigação, dependendo totalmente da boa distribuição do regime pluviométrico, a época de semeadura é fator de suma importância no planejamento desta cultura.
Em geral o período varia entre outubro e meados de março. Para cada região do estado deve-se atentar para o período de menor probabilidade de chuvas, levando-se em conta, principalmente, o histórico climático da região.
Arranjo de plantas em áreas de produção e algodão
Produção de algodão
Encontrando a distribuição de plantas mais rentável.
O arranjo pode variar em função da população (número de plantas por unidade de área), densidade (número de plantas por metro) e espaçamento (distância entre duas linhas consecutivas de plantas).
A população ideal é aquela que proporciona a maior produção, por unidade de área, com garantia na qualidade da fibra.
Quanto maior a população em uma área, maior será a competição por água, luz e nutrientes.
Do ponto de vista prático, a definição do espaçamento a ser utilizado depende muito mais de máquinas e equipamentos disponíveis na propriedade para realização das operações mecânicas que a cultura exige, inclusive e, principalmente, a colheitadeira.
Dos vários utilizados mundialmente, os espaçamentos estão convencionados como:
- Ultra Narrow Row (UNR) ou ultraestreito – espaçamento de 0,19 m a 0,38 m.
- Narrow Row (NR) ou adensado – espaçamento de 0,38 m a 0,45 m.
- Convencional – espaçamento superior a 0,75 m. Para as condições do Cerrado mato- -grossense, em função de colheitadeiras existentes, o espaçamento mais utilizado é o convencional, de 0,76 m a 0,90 m entre fileiras. Neste caso, recomenda-se a utilização de cultivares de porte mais alto, com tecnologia de produção que permita a obtenção de altas produtividades.
O uso de espaçamento adensado em Mato Grosso é recente, com ajuste tecnológico em curso, necessitando ainda de muitos estudos e adaptações.
Na prática, o que prevalece é o espaçamento de 0,45 m a 0,50 m, em função do aproveitamento de máquinas e equipamentos utilizados no cultivo da soja, presentes na maioria das propriedades que cultivam o algodão.
Avanços científicos e novas técnicas de cultivo do algodoeiro
O cultivo do algodão é uma atividade altamente rentável e que exige elevada capacitação técnica devido aos elevados custos de produção e também devido as complexidades dos sistemas produtivos que tornam este cultivo viável.
Estes são apenas os cuidados iniciais que devem ser tomados na cultura do algodão. Os conhecimentos a cerca deste cultivo aumentam diariamente, novos materiais genéticos lançados impactam diretamente nas necessidades de manejo. Os materiais genéticos têm contribuído positivamente no aspecto sanitário, reduzindo custos de manutenção com aplicações de inseticidas contra lagartas e herbicida.
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